segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Vigia, Ora!

O fracasso moral consome os ossos e o coração -
chama indolente que cauteriza valores e emoções -
Enquanto a vida se esvai em ferroantes lascívias e ácidos deleites
Que te aproveita, ó incrédulo, as vãs nuances da morte perene
na qual te enlaças dia a dia como o justo à cruz de Cristo?

Ainda que vivas, perto estás de grande maldição
E se mesmo por ti houvesse o clamor de teus mil companheiros, todos foliões,
Nada te poderiam fazer conquanto te apensassem dos mais finos azeites
Porquanto é purulenta e profunda e contaminante a caractriz sirene
Que dia a dia inflama e infecta teu débil coração a olhos vistos

O desejo mais íntimo da humanidade é a própria destruição
O pecado visceral trabalha incansável na quebra das divinas contenções
constituídas da perfeição do projeto original do Criador, e não são enfeites
nem mesmo penduricalhos dos quais a criatura pode desfazer-se impune;
atentai: o desprezo e o ocaso acompanham todos os tolos e insensatos.


A Sabedoria manifestou-se desde antes da fundação do mundo, e penetra o porão
D´alma. Se és do Cordeiro, ó homem, implora o Poeta: dá ouvido à Palavra das pregações
ainda que surdas sejam as multidões; da longanimidade e amor do Pai não te faças leniente
Vigia, ora! Não sabes o Dia do Teu Senhor; e quem pode permanecer serene
Diante do exame do Altíssimo? Tão somente os eleitos, amparados por Jesus Cristo.

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